segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Mídia CD-R >>> Vida Útil de Dados em Mídias CD-R

Dependendo do fabricante, a vida estimada dos discos CD-R com composto químico baseado em cianina (cor verde na superfície de gravação) variam de "mais de dez anos a cem anos". Todos os discos baseados no composto phtalocianina (cor dourada na superfície de gravação), entretanto, devem durar supostamente mais de cem anos. É realmente impossível avaliar com certeza quanto tempo os dados gravados em discos CD-R durarão, o que é mais provável é que ocorra a obsolescência tecnológica dos leitores e gravadores de CDs nos próximos anos.

Os discos CD-R estão em uso a pouco mais de seis anos. O tempo estimado de duração das mídias é baseado em testes de envelhecimento acelerado que expõem os discos CD-R a altos níveis de luz, temperatura e umidade, ou seja, são feitas estimativas de duração dos CDs com testes de laboratório.

Para aqueles que usam a mídia CD-R como meio de distribuição de programas e dados, a vida útil desse meio não é tão importante. Por outro lado, aqueles que desejarem usar o CD-R para fins de arquivo permanente devem compreender também que se os discos durarem os estimados cem anos ou mais, a tecnologia exigida para ler os discos, atualmente computadores, sistemas operacionais e drives, certamente estarão obsoletos em menos de vinte anos. Cada tipo de disco CD-R certamente durará mais do que os drives que os tocam ou lêem.

Os CDs baseados cianina( verde ) são mais sensíveis a luz do sol, o que pode encurtar sua vida útil. Os discos baseados em phtalocianina, contrariamente, são menos sensíveis à luz do sol, o que pode aumentar sua vida útil. Na vida real, exposição aos raios solares pode não ser tão danosa quanto o mau manuseio, que pode resultar em arranhões e sujeira na face de leitura e gravação do disco. Em ambos os casos, os discos CD-R podem provar ser mais estáveis por longos períodos de tempo do que os discos produzidos industrialmente, porque a camada reflexiva dourada não está sujeita à corrosão.


A camada reflexiva de alumínio em discos produzidos industrialmente pode se corroer mais facilmente quando exposta ao ar e às impurezas no policarbonato e no próprio alumínio.

Os fabricantes de discos CD-R fazem estudos sobre a expectativa de vida de seus discos usando testes de aceleração do tempo. Os discos são expostos à luz de lâmpadas especiais a várias temperaturas e níveis de umidade e nessas condições são aferidos pelo método BLER (Block Error Rate = Bloco de Taxa de Erro).

O método BLER mede o número de blocos de dados que tenham pelo menos uma ocorrência de erro de dados e é expresso como a taxa de erros por segundo. Entretanto, enquanto alguns fabricantes podem usar o BLER = 50 como o número para o fim da vida, outros podem usar o BLER =50 como metade da vida e por fim BLER = 220 como fim da vida. Há muitas variáveis envolvidas em medir os resultados de tais testes e o método BLER é somente um de tais modos de medida.

Esse tipo de teste em si é afetado por muitos outros fatores, cada um dos quais pode estar dentro dos parâmetros permissíveis, porém que, quando combinados tornam o disco ilegível ou difícil de ler. É muito cedo para avaliar o novo tipo de CD baseado na química "Metalized Azo" (cor azul na superfície de gravação).

Os testes são feitos de várias maneiras por diferentes fabricantes. O equipamento de teste usado pode produzir uma série de resultados variados do mesmo disco. A leitura do disco depende mais do drive de CD-ROM empregado para tocá-lo do que do equipamento usado para testá-lo. Portanto, é fora de propósito comparar os resultados de diferentes fabricantes que usaram método diferentes para testar e avaliar os seus produtos.

A indústria de CD-R necessita um método de teste que seja comum a todos os fabricantes. Este é um dos objetivos do Subcomitê de Compatibilidade Física do CD-R da Associação da Tecnologia de Arquivo de Armazenamento Ótico (OSTA-Optical Storage Technology Association).


Os membros deste Subcomitê estão trabalhando juntos para estabelecer um conjunto de parâmetros aceitável por todas as partes e aplicável a todos os produtos. O comitê deve também determinar que tipo de equipamento de teste que deve ser usado e como o equipamento de teste deve ser calibrado. Isto não é um tarefa fácil, dado à complexidade dos meios de fabricação e gravação, a escala infinitesimal das propriedades físicas e os cálculos sofisticados necessários para avaliar a qualidade de um disco.

Outro problema em discussão pelo comitê é o que fazer com os resultados do teste. A medida que um CD-R entra na corrente do mercado como um estouro, novos usuários da tecnologia perguntarão quais mídias funcionam melhor em qual gravador e que drives podem melhor ler os discos gravados com maior freqüência. Os fabricantes, contudo, podem achar não ser prudente publicar os resultados dos testes de CD-R. Os procedimentos de testes, parâmetros e equipamentos usados para avaliar produtos CD-R não são tão simples como aqueles usados, digamos, para avaliar impressoras a laser. Os resultados dos testes exigem cuidadosa interpretação.

Como cuidar dos discos CD-R (e como não cuidar)

Os discos CD-R, gravados ou em branco, são suscetíveis a danos por excesso de luz, temperatura e umidade. Devem ser guardados em lugar fresco, seco, escuro - preferivelmente a 86 graus Fahrenheit (30 graus centígrados) ou menos, à umidade de aproximadamente 40% .Estes números podem variar de acordo com o fabricante. Como regra geral, não é aconselhável deixar seus discos CD-R por grandes períodos em condições ambientais desfavoráveis como o porta-luvas de um carro no verão do Rio de Janeiro. Um teste foi feito com um CD deixado por diversos meses nessas condições, o disco mostrou alguma degradação na qualidade, quando testado num analisador de disco, porém, não foi notada diferença na performance do disco ao ser rodado num toca discos laser (CD-áudio).

IMPORTANTE:

Arranhões e poeira são prejudiciais aos dados de um CD-R. Os discos são feitos de policarbonato rígido e agüentarão uma série de abusos. A maioria dos aranhões, marca dedos e poeira sobre a face do disco podem ser facilmente compensados por um sofisticado algoritmo interno de correção de erro. É muito mais fácil danificar qualquer tipo de disco compacto do lado da etiqueta do que do lado de dados porque a camada de dados é somente protegida pela etiqueta e uma fina camada de laquê. Um arranhão do lado da etiqueta pode destruir milhares de "bytes". Mesmo assim, a vida de seus discos CD-R é uma função direta da maneira de como você os trata. Segurar os discos pela suas bordas e evitar deixá-los espalhados pela mesa ou empilhados. Armazene seus discos em suas caixas protetoras ou em arquivos próprios.

Limpando o disco CD-R

Se for necessário limpar os discos, use somente água e um pano macio ou uma solução comercial para limpeza de disco. Os solventes podem obscurecer o policarbonato e penetrar a camada protetora de laquê no lado da etiqueta do disco. Quando usar um pano para limpar o disco, limpe sempre numa linha reta do centro para periferia do disco. Nunca limpe o disco de maneira circular, pois os arranhões em forma circular obscurecerão mais dados do que aqueles que atravessam a trilha espiral em angulo reto. Se por alguma razão for necessário recuperar um CD com arranhões, existem produtos no mercado específicos para esse tipo de problema. O ideal é evitar que o CD seja danificado.

Sempre esteja absolutamente seguro de que os discos estão secos ao serem inseridos no gravador ou leitora de CD. Se os discos a serem gravados tiverem recentemente sido expostos a extremo calor ou frio, sua temperatura afetará a ação de gravar ou ler o disco. Sempre deixe o disco alcançar sua temperatura normal antes de tentar gravá-lo ou lê-lo.