quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Ne-YO: O gentleman do R&B, do Pop, das pistas, dos artistas... Da música atual!


Com dois discos lançados e o terceiro com data marcada para chegar ao Brasil agora em outubro, Ne-Yo mostra a evolução do seu som. Apenas com o primeiro single deste novo CD, o hit “Closer”, ele deixa transparecer sua tendência para outros estilos, incorporando, por exemplo, o House ao som que já estávamos acostumados a ouvir com a sua assinatura. Ne-Yo não gosta de rótulos e muito menos de receber ordens quanto ao tipo de som que deve elaborar. Ele afirma que a cena musical é muito maior e que não há limites. Aliás, seguindo os passos de Michael Jackson (como ele mesmo gosta de frisar), Ne-Yo vem ao mundo dizer qual é o seu papel na música: compor, cantar e dançar. Tudo isso não necessariamente nesta ordem, mas ele já adianta: “irei compor até morrer”.


Com faixas interpretadas por grandes artistas, tais como Beyoncé (“Irreplaceable”) e Rihanna (“Unfaithful”), o jovem Shafer Smith, 29, mostra que já tem conhecimento suficiente para fazer jus ao sucesso conquistado pelo mundo. E também ao apelido recebido por um amigo que diz que, tal qual em Matrix, Ne-Yo tem a habilidade de “ver” música.


No novo disco, que leva o nome de “Year of The Gentleman” (“O Ano do Cavalheiro”), ele ressalta detalhes que deixaram de ser praticados pelos homens e, que para ele, são essenciais – sonho de boa parte das mulheres.


Em entrevista exclusiva feita por telefone, Ne-Yo revela novidades do próximo álbum, além de contar como entrou para a música e a vontade (que ainda não tem data para ser realizada) de vir ao Brasil. Confira bate-papo.


Quais foram seus primeiros passos na música?

Ne-Yo • Quando decidi que seguiria na música, eu fazia parte de um grupo de cantores de R&B, em Las Vegas, com mais três amigos. Era bem na época que eu tinha acabado o colegial. Tivemos que trabalhar mais do que imaginávamos, e tivemos que sair dos nossos trabalhos para seguir com o projeto. Viajamos para vários lugares e fomos apresentados a muitas pessoas. Quando conhecemos um cara que tinha uma produtora e trabalhava com um grupo, o Youngstown, ele nos disse que, se nós escrevêssemos músicas para o grupo dele, ele nos ajudaria a fechar um contrato. Essa foi a minha primeira experiência de compor para outras pessoas.


Quantos anos você tinha nessa época?

• Eu estava com uns 18, 19 anos. Mas se passaram quase dois anos até chegar à gravadora que o manager do Youngstown nos indicou. Minha idéia original sempre foi de ser cantor e compositor, e foi isso que tentei fazer lá. Mas eles eram muito controladores: queriam mandar no meu jeito de fazer música, quem eu deveria ser, que tipo de som eu escreveria, que roupa usaria, quais produtores eu poderia ou não trabalhar... Basicamente eles queriam me manipular como se eu fosse um robô. Eu fiquei na “geladeira” por dois anos e depois eles me deixaram ir. E foi aí que eu quis focar na carreira de compositor, porque eu tinha concluído: “se isso é ser artista, eu não quero ser artista”. Compondo, eu vi uma nova perspectiva. Minha primeira faixa “Top1” foi com Mario – “Let Me Love You”, e eu acabei fazendo outras músicas e dei para alguns artistas para ver o que acontecia.


De que forma os artistas da “old-school” influenciaram na sua música?

• A inspiração veio basicamente de Michael Jackson. Esse é um artista que eu estudei verdadeiramente e aprendi como cantar. Outra influência foi Sammy Davis Junior, que era um autêntico “entertainer”, com uma ótima performance de dança, de atuação; e isso são coisas que me inspiram, são fatores que te fazem um artista melhor. Estar em cima de um palco cantando, qualquer pessoa pode fazer. Mas eu quero dar o show, quero que o público se emocione com minha performance.